Como a gente não tinha dinheiro, minha mãe trabalhava de porteira servente numa escola, meu pai trabalhava de lavrador, de fazenda em fazenda, para dar conta dos 9 filhos. Quando colecionamos as tampinhas de garrafas, juntávamos 10 de uma mesma espécie e fazíamos um time, o goleiro era um bocal de caneta esferográfica, retirado aquela ponta para ele segurar em pé. O campinho era demarcado tendo com linhas de fundo os dois portais ou seja aproximadamente 80 cm. Riscávamos com um giz o chão no formato de um campo de futebol. Pegávamos as equipes formadas e fazíamos campeonatos. Onde simulávamos que cada time iria enfrentar o outro em turno e returno. Cada jogo tinha 45 minutos em cada tempo, cada minuto era relacionado a um toque no botão (que era a bola), a trave eram feitas com a parte de dentro das caixinhas de fósforo e cada equipe que conseguisse deixar o botão quieto dentro da caixinha, fazia um gol. cada equipe poderia dar três toques no botão e o último seria para finalizar, se caso o botão tocasse na tampinha adversária e saísse a equipe teria mais três toques, se não mudava a posse de bola (botão), até completar os 45 toques em cada tempo. O placar final seria dado, por quantas vezes cada equipe colocou o botão dentro da caixinha.
Abaixo está um modelo deste campinho:
As tampinhas eram numeradas de acordo com a vontade de cada condutor como mostra as fotos abaixo:
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